2.1.19

no fundo do mar

tudo desfocado. sistema desmoronado. uma vaga de palavras de raiva que se projecta no objecto em cima da mesa. tudo na mesma. as luzes estão acesas, mas o tempo é feito de imensos pormenores. a luz de um candeeiro amplia o sonhos e um pequeno pedaço de madeira pousado ao acaso. não serve para nada. há um sabor estranho neste degustar líquido do princípio do mundo. a ausência nunca foi tão preciosa e os reflexos da luz fosca deixam tudo numa penumbra de ansiedade.