Um diário de emoções pode ser um atalho para uma descoberta. Uma imagem nunca serve para alimentar a seiva das palavras, mas deixa-nos sempre à porta de qualquer coisa: de um edifício, de um mar, de um sonho. Há homens que viram as costas aos livros e há outros que ficam ali especados à espera. Eram já horas de estar na biblioteca entre os livros e os ruídos do silêncio. O homem contempla a sombra. Ninguém o acompanha. Há outro que diz bem alto "se calhar pensam que hoje é domingo". Era uma piada. Mas o homem da sombra não acha piada nenhuma quando se brinca com relógios e calendários.